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Adilson Costa

Agora - O hoje

Atualizado: 2 de fev. de 2023


Aqui estamos nós em nossa vida cotidiana - há quem diga que devemos viver o Agora - para cada dia basta o seu mal - não dá para negar que é uma verdade. Contudo, não significa que não devemos melhorar o Agora de cada dia.


A grande questão é estarmos atentos ao que nos incomoda - nos incomoda, mas insistimos em não fazer nada para mudar - há quem diga que já fez de tudo, mudou de cidade, de trabalho, de religião, de relacionamento, etc. e tal.


O ser humano nasce e a sua dependência no Outro para suprir suas necessidades é incontestável, não tem meio termo, dependemos para tudo. Bom se no Agora tivéssemos este supridor!


Bem, o Agora, tempo bebê, passa e cá estamos, no Agora, em busca de quem supra nossas necessidades, e não só elas, mas, também, aos nossos desejos.


Vivemos em um mundo que gera necessidades e desejos.

O grande Outro que nos assola está por toda parte, sempre esteve, contudo não era tão intenso, tão próximo.


Faz-se necessário separar o joio do trigo – as nossas necessidades das que nos foram oferecidas e as aceitamos. Agora, no Agora, se tornaram nossas e cada vez mais se acumulam – é necessidade em cima de necessidade.

E não nos esqueçamos dos desejos que segundo Lacan, também não são nossos!


o desejo do homem é o desejo do Outro” Lacan


Conhece pessoas que apesar de serem bem-sucedidas em suas profissões, no Agora são infelizes? São vários os possíveis motivos, mas em alguns casos trata-se do desejo dos pais, não, necessariamente, uma profissão específica, mas o desejo de ser bem-sucedido.

Há quem diga que é um desejo legitimo, concordo, porém quando exacerbado, as demandas para realizá-lo podem ser prejudiciais.

Não podemos esquecer que ser bem-sucedido é relativo – o significado pode ser vários.


E temos ainda desejos bem corriqueiro, como por exemplo, desejar frequentar um determinado restaurante ou clube movido pelo desejo da sociedade e/ou grupo, sem falar da mídia e influencers.


Somos bombardeados por toda parte e nos esquecemos de avaliar quais são, de fato, as nossas necessidades, bem como aprender a diferenciar necessidade de desejo. As necessidades são sempre de dentro para fora, são nossas, enquanto desejo é de fora para dentro.

Nascemos com necessidades e não com desejos. É a partir do convívio social e das descobertas que surgem os desejos.


Sêneca[ 65 d.C. ]um dos principais filósofos do estoicismo pregava que o ser humano deveria desejar não desejar, para ele quanto menos desejo menos sofrimento.


Não vivemos em uma bolha, portanto não dá para deixar de desejar, nem mesmo desejar não desejar. O desejo faz parte da nossa jornada, portanto, é preciso que tenhamos entendimento quais nós tomamos como nosso e nos causam desconforto.

E mais, devemos identificar por que nós insistimos em nos apropriar de desejos que nos geram tanta dor.


Desejo que você fique bem!




Continuará em novo artigo

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